Para todo o terreno...e não só

Olha que essas montagens alucinantes teem alguma razão para existir. São geralmente usadas em subidas impossiveis e competições tipo Erzberg (Austria) e Pikes Peak (USA) onde ha classes sem restrições e o quanto mais potente e mais rápido, geralmente, melhor. Tem mais haver com o tamanho dos...cocos do piloto :) E nas classes de 1200 de certeza que é preciso cocos grandes e peludos.

O Pikes peak é uma especie de Ilha de Man TT mas sempre a subir, com alcatrão e terra à mistura onde a potência das mono simplesmente não chegam. A vencedora em 2008 foi a nova Ducati Hypermotard.

E há malucos que simplesmente não se contentam com dois cilindros...Aqui temos uma suzuki ar/oleo :)

E uma R1 no Erzberg.

O que nos leva a 1975 e a uma história parecida. A Yamaha TZ 750 Flat Tracker.

Nesse ano a Harley com a XR750 estava a levar a melhor em relação à Yamaha nas corridas de flat track. O que é que se lembra a yamaha? Porque não meter o motor da mota de pista 750 a 2 tempos e 4 cilindros no quadro da yamaha flat track e deixar o "King" Kenny Roberts experimentar o animal que podia ir aos 240 km/h as 10.000 rpm e tinha mais 50 cv que as 2 cilindros, ninguem tinha pensado nisso e não havia regras pq todos corriam nas 2 cilindros a 4 tempos por varias razões: peso, maneabilidade, etc etc bla bla bla.Toda a gente devia estar certa...errado.

Podia ser indomável nas curvas e quase impossivel de manter na pista quando se chegava as curvas cerca de 50 km/h mais rapido que os outros e sem travão da frente, mas quando se conseguia ter a aderência necessária e levá-la a direito nas rectas, passava por todas a 2 cilindros como se tivessem paradas. Foi o suficiente.

No ano seguinte, esta "aberração" foi proibida através da introdução de novas regras de segurança na classe.

Nem sempre o que todos estão a usar é o melhor e mais rápido e arriscando em algo diferente acaba por trazer vantagens...ou não...e nesse caso acabamos apenas por perder um tomate com a experiência.