domingo, janeiro 28, 2007

Kiwi! rulez

Muitas vezes quando me perguntam pq continuo a andar de mota sendo tão perigoso, frio etc etc bla bla, é me dificil explicar e geralmente acabo com um resumido "por varias razões".

RideSharp

8 comentários:

Scrambler disse...

No derradeiro voo lá sentiu o "vento divino"*.

*em Jap Kamikaze.

ALG disse...

Não é nada fácil explicar, mas deixo um artigo que escrevi para a Motociclismo, em que tb tento explicar:

""Eu digo SIM à moto!
Não é nada fácil explicar, por palavras, o porquê de afirmar este Sim.
Andar de moto é antes de tudo uma enorme paixão que justifica os riscos, os custos e alguns desconfortos inerentes. As paixões vivem-se e muitas das vezes não carecem de racionalidade uma vez que ao serem racionalizadas esvaziam-se e esfumam-se. Andar vestido de cabedal em pleno verão, levar com vento até o capacete querer saltar, fazer horas em cima da moto até nos doer o corpo, ficar ensopado de suor e de chuva e sobretudo aumentar as hipóteses de sofrer uma queda ou um acidente que acabe com esta nossa existência física ou nos deixe incapacitados, seriam razões mais do que suficientes para pensar duas, três ou mais vezes para não andar de moto.
Mas Não! Alguns de nós, e não somos tão poucos com isso, teimamos em andar de moto, apesar do pouco respeito que alguns têm por nós, alguns até com responsabilidades publicas e politicas, pretendem passar a mensagem de que somos nós os responsáveis pela tragédia nacional, que é a elevada taxa de sinistralidade nas estradas.
Teimamos em andar de moto, apesar dos custos elevados do “selo”, de pagarmos classe 1 nas auto-estradas, de facilitarmos o descongestionamento do tráfego rodoviário, de descongestionarmos o estacionamento nos grandes centros, etc.
Acresce que alguns ainda não perceberam, que andar de moto, não é aparecer nos vídeos da BT, a 200 ou mais km/h, sempre apresentados quando se referem à sinistralidade nas estradas. É mais sinónimo de espírito de solidariedade, do esbater das diferenças de classes sociais ou quaisquer outras, de respeitar os outros utentes da via pública (já viram alguma vez dois automobilistas desconhecidos cumprimentarem-se quando se cruzam na estrada ou numa qualquer paragem?), de tomar mais precauções sempre que se anda na estrada, sim porque os perigos vão desde os famosos rail’s sem protecção (apesar da Lei existir), pavimentos com “dunas” tipo Lisboa-Dakar, óleos e outros produtos provenientes de veículos de quatro ou mais rodas em condições de sucata, mas que circulam apesar de tudo, etc.
Rejeito assim todos os argumentos, que nos querem fazer parecer, o termo negativo da equação, e digo SIM à moto, como veículo de transporte que causa menor poluição, menor desgaste no pavimento, menor congestionamento e merecedor de maior respeito por parte de todos entendendo até que as estradas seriam melhores se todos compartilhassem o verdadeiro espírito “motard”.

Cumprimentos em “V” "

Vivian disse...

Andar de moto (não à pendura, obviamente) é um prazer que não se mede em palavras pois não existe nenhuma expressão escrita que consiga descrever esta tão grande alegria :D

pgpires,

Sabes a bíblia de trás para a frente, rapaz... Isso é que é devoção! :D LOL

Scrambler disse...

Mais envolvência com a envolvente!

De moto os sentidos estão mais focados no que nos rodeia.
A visão não é obstruída por um habitáculo, nem distraída pelas enumeras funcionalidades que se encontram no cockpit
de um automóvel, não há conversa com quem nos acompanha. A falta de elementos distractores foca a atenção na condução e no que a rodeia.

Há cheiros que de carro nunca seriamos capazes de nos aperceber. Podem ser agráveis ou não, a realidade é que acabam por
nos fazer ligar com mais intensidade ao local, ajudando a futuras memórias.
A ligação com o terreno é bastante mais forte. O sentir do contacto da borracha dos pneus com o chão é perceber
como se pode rolar, travar, aproveitar as nossas forças aliadas centrifuga e atrito, para curvar e desfrutar!

Imaginem um belo passeio, de carro passa-se por lá, de mota está-se lá!

Já agora chuvadas e dias de vendaval, alguém se lembra de algum?
Parece que só tive dias desses a andar de moto, são os unicos que deixaram recordações.

"Para se ser feliz não é preciso ter mais, mas sim viver com menos"
Sei que nem todos abraçam esta expressão. Neste caso sou feliz vivendo com
menos chapa, plástico e menos três rodas*. É assim, sou mais feliz de mota do que de carro!

Mais do que saber é claramente sentir o porquê!
"Quatro rodas transportam o corpo, duas rodas a alma!"


*Não esquecer a suplente. Não esquecer também que há motos com suplente, ex: Vespa.

Motonauta disse...

A paixão de andar de mota (e é mesmo isso, uma paixão) não se explica, sente-se! É tão simples quanto isso.

Scrambler disse...

Motonauta, you the man!

Mas sempre se pode ir divagando em torno do assunto. A malta gosta desta conversa.

Vivian disse...

Motonauta,

Ia jurar que te tinha visto num anúncio no DN, secção obituário :D

Mas afinal tas vivo, pá LOL

Décio disse...

Já não me lembro do que é andar de mota. Agora sei muito bem o que é pagar rios de dinheiro nos parquímetros.
Quando a tripla sair do estaleiro venho cá!

(/me esmurra teclado, parte cadeiras, dá com o monitor nos cornos dos colegas de trabalho, joga-se ao rio.)